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Organização e processos de treinamento

 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS DE TREINAMENTO 

A organização e o planejamento do treino são assuntos complexos e requerem uma maior quantidade de experimentos científicos para explicar alguns fenômenos que ocorrem na prática dos desportos. A seguir, relatamos alguns aspectos que o treinador deve conhecer com profundidade para facilitar todo o processo pedagógico de ensino e de desenvolvimento do treino dos futuros campeões. 

 EDUCAÇÃO FÍSICA E O DESPORTO 

A educação física é um processo pedagógico que objetiva instruir e despertar o gosto pela prática de exercícios físicos, procurando assim desenvolver a cultura da sociedade para a melhora da qualidade da saúde e do bem-estar psicossocial. O desporto deve ser encarado como uma atividade regulamentada pelas regras, sendo possível alcançar um alto rendimento somente com um treinamento sistematizado e especializado durante muitos anos. Dessa forma, o desenvolvimento na prática das capacidades físicas, técnicas, táticas, etc. torna-se imprescindível para a preparação do atleta que busca um resultado de alto rendimento.



FUNCIONAMENTO DO ORGANISMO

 Além de se discutir o funcionamento normal do organismo, deve-se aqui também entender quais são as mudanças funcionais que o treinamento pode provocar no organismo do atleta. 

Tais assuntos devem ser abordados pelo treinador durante as sessões de treinamento, de uma forma bem clara e objetiva, facilitando, assim, o entendimento pelo desportista.  


HIGIENE E ALIMENTAÇÃO 

Outro fator que facilitará muito as sessões de treinamento é a conscientização do jovem atleta de que a higiene é indispensável, e que a alimentação especializada exerce influência significativa no aperfeiçoamento de suas capacidades competitivas. 

 CONTROLE MÉDICO

O controle médico no desporto assume a responsabilidade de manter o bom estado de saúde do praticante no período de treinamento destinado ao alto rendimento. 

BASES FISIOLÓGICAS DO TREINAMENTO 

A fisiologia do exercício fundamenta o desenvolvimento morfofuncional nos atletas durante o processo de preparação a longo prazo. As leis biológicas assumem um papel regulador em seus sistemas de treinamento.

PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL E ESPECIAL 

 Em alguns desportos, a preparação física assume o papel de maior importância, como é o caso de grande parte dos desportos individuais; entretanto, nos desportos coletivos, a preparação física assume apenas um papel complementar, sendo primordial a preparação técnico-tática, a psicológica, etc. Nesse caso, é bom que esses conceitos teóricos sejam de conhecimento de toda a equipe. 

 PREPARAÇÃO TÉCNICO-TÁTICA

 É compreendida por alguns autores como o elemento que desenha toda a locomoção motora dos atletas na quadra desportiva. A técnica, juntamente com a tática, constituem a principal essência dos desportos, principalmente dos coletivos, em que é possível, através da tática, treinar diversos sistemas, como o defensivo, o de ataque, etc.

 PREPARAÇÃO MORAL E PSICOLÓGICA 

 A preparação moral de um desportista desenvolve-se no processo da própria prática desportiva e está associada ao alto nível de preparação psicológica. Isso ajuda o atleta a concentrar-se para o jogo, além de despertar a motivação e o espírito de coletividade, otimizando a prática competitiva. 

MÉTODOS DE TREINAMENTO 

Os métodos que auxiliam na preparação dos atletas são os verbais, os demonstrativos e os de influência prática. Esse último é o mais utilizado pelos treinadores, que, mediante os métodos de jogos (os intervalados, os contínuos e os competitivos), facilitam o aperfeiçoamento das capacidades competitivas dos atletas. 

ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO DAS COMPETIÇÕES 

Ao estruturar as sessões de treinamento, o treinador deve prestar atenção ao calendário de competições e, ao mesmo tempo, selecionar as mais importantes para a sua realidade; isso facilitará a realização e o alcance de um alto nível de forma desportiva. 


CONCLUSÃO 

O objetivo dos nossos estudos é discutir as tendências modernas do treinamento. Seu objetivo não é determinar a atividade a ser realizada, mas sim discutir e entender os fatores e os mecanismos fundamentais envolvidos na preparação do desportista. A organização do material procura estabelecer uma sequência de entendimento do conteúdo proposto. Princípios da preparação desportiva, busca orientar-se com relação a leis e regras, princípios pedagógicos e biológicos que fundamentam os conhecimentos necessários ao técnico desportivo. 

Na estruturação e periodização justifica-se pela complexidade do tema, mas principalmente pela discussão profunda das possibilidades levantadas por grandes estudiosos da preparação desportiva, a origem e evolução dos pressupostos teóricos do planejamento do treinamento até as propostas mais modernas. 

Com as várias mudanças ocorridas nas mais diversas modalidades esportivas, que vão desde regras até calendários de competições, surgiu a necessidade de realizar adaptações na maneira como o treinamento era planejado e executado, para que o mesmo continuasse sendo efetivo para o alto nível de desempenho dos atletas. 

A periodização do treinamento sofreu então, várias adaptações desde o seu surgimento, em 1965, para que se adequasse principalmente à necessidade de possibilitar ao atleta alcançar picos de rendimentos mais vezes na temporada ou mais duradouros, dependendo da modalidade e do calendário da mesma. Porém a dificuldade de medir na prática a eficácia destes novos modelos de periodização faz com que seja impossível compará-los e determinar qual é o mais efetivo para determinado objetivo, modalidade ou até mesmo atleta/equipe. 

Mesmo não sendo possível esta medição, a periodização do treinamento esportivo é, há muito tempo, utilizada e estudada por treinadores e estudiosos como uma possível maneira de planejar e executar o treinamento a médio e longo prazo e assim, alcançar os objetivos propostos previamente à competição. Porém, a periodização tem sido tratada de maneira equivocada por alguns autores e chamada por eles de periodização ondulatória. Esta tem como definição uma simples manipulação regular dos componentes da carga volume e intensidade, dentro de mesmos ciclos de treinamento. 

Além disso, defendem uma maior efetividade deste “modelo de treinamento” desde ganhos significativos de força, potência e velocidade de deslocamento, até alterações na concentração hormonal, resultados estes, encontrados em seus respectivos estudos. Todo profissional da área do treinamento desportivo precisa obter conhecimentos do desenvolvimento da preparação em um contexto global. 


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Raynner

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