Prescrição e individualização do treinamento de força
INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional é um fenômeno novo em todo o mundo. Conforme dados da Organização Mundial de Saúde, a expectativa de vida da população mundial, que hoje é de 66 anos, passará a ser de 73 anos, em 2025. No Brasil, as perspectivas para o ano 2030 estão em torno de 25 milhões de idosos. Os dados preliminares do Censo Demográfico (Fundação IBGE, 2000) referem que há cerca de 10 milhões de pessoas da população brasileira com idade superior a 65 anos (Fleck et al., 2003).
Embora a grande maioria dos idosos seja portadores de, pelo menos, uma doença crônica, nem todos ficam limitados por essas doenças, e muitos levam a vida perfeitamente normal, com as suas enfermidades controladas e expressa satisfação na vida. Um idoso com uma ou mais doenças crônicas pode ser considerado um idoso saudável, se comparado com um idoso com as mesmas doenças, porém sem controle destas, com sequelas decorrentes e incapacidades associadas (Ramos, 2003).
O envelhecimento populacional não se refere nem a indivíduos, nem a cada geração, mas, sim, à mudança na estrutura etária da população, o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima de determinada idade, considerada como definidora do início da velhice. Este limite inferior varia de sociedade para sociedade e depende não somente de fatores biológicos, mas, também, econômicos, ambientais científicos e culturais (Carvalho & Garcia, 2003). O objetivo do presente estudo é apresentar as formas de prescrição de exercícios e os benefícios que o treinamento de força proporciona para os indivíduos idosos.REFERENCIAS
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