As consequências da inatividade física
Hoje é bastante aceito que os problemas de saúde, na maioria dos países são de natureza degenerativa associada com mudanças nos estilos de vida.
No entanto, esse aumento de pessoas com sobrepeso/obesidade é característica de muitos países, principalmente aqueles em desenvolvimento, ocasionando milhares de mortes a cada ano em todo o mundo, resultantes das doenças relacionadas ao peso corporal. As consequências do sedentarismo e ter sobrepeso/obesidade isso parecem ser bastante claras.
As pessoas obesas têm maiores probabilidades de vivenciar mais doenças crônicas, desde uma simples “falta de ar” a veias varicosas a outro extremo, como a osteoporose ou condições mais sérias tais como doenças coronarianas, hipertensão e diabetes assim como certas formas de câncer (GUARDA, 2010).
As mudanças econômicas e culturais resultaram num ambiente que facilita a obesidade normalizando um estilo de vida sedentário, alimentação excessiva e errônea. Devido às bruscas mudanças da sociedade nos últimos anos o padrão de vida das pessoas passaram a sofrer um impacto negativo em relação á saúde.
Tudo isso, se deve as alterações nos padrões e funções da sociedade atual. No entanto, tem havido um agravamento nesse sentido, uma vez que as inovações tecnológicas têm favorecido a comodidade das pessoas e consequentemente aumentado o numero de pessoas considerada sedentária. Desta forma, a uma clara necessidade de hábitos saudáveis de vida, como forma de combater os danos causados á saúde (SAMULSKI, 2000).
Nesse sentido, a inatividade física tem sido apontada como uma dos principais causas para o aumento da mortalidade causada por doenças do sistema circulatório no Brasil. Dentre as patologias pertencentes ao grupo do sistema circulatório as doenças predominante são (doenças cerebrovasculares e doenças isquêmica do coração) que vem aumentando o gasto com a saúde pública os últimos anos (CERVATO, 1997).
A inatividade física tem propiciado o aumento do sedentarismo nas últimas décadas. Esse é um dos principais fatores com gasto em saúde pública e risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e cardiorrespiratórias na idade adulta (GUARDA, 2010). Entre crianças e adolescentes a prevalência do sedentarismo aparece em número alarmante, no quadro de sobrepeso/obesidade.
No entanto, a sua consequência atinge crianças de todos os níveis socioeconômicos, tornando-se assim um problema de saúde pública que traz consequências negativas diretas sobre a sociedade moderna.
O estilo de vida da população urbana tem sofrido constantes mudanças de comportamento com relação à dieta alimentar e atividade física, esses fatores estão relacionados diretamente ao perfil da sociedade atual. Desta forma, a prática de atividade física regular é vista como importante aliada para que se tenha um estilo de vida saudável e ativo fisicamente, além de ser fundamental no controle e tratamento de sobrepeso/obesidade (JENOVESI, 2003).
Sobre essa temática, dados recentes apontam para níveis crescentes de pessoas com sobrepeso/obesidade provocada pelo novo estilo de vida adotado por grande parcela da sociedade moderna.
Entre os fatores principais está o sedentarismo, ou seja, a inatividade física juntamente com hábitos alimentar excessivo e errôneo vem contribuindo para um novo estilo de vida inadequado.
A atividade física regular apresenta efeitos benéficos contra doenças degenerativa tais como, doença coronária, a hipertensão e diabetes entre adultos mais velhos, além de reduzir o risco de desenvolvimento em individuo normal.
Também e recomendada no tratamento de doença do estado emocional nociva bem como a depressão.
Desta forma, o aumento do nível de atividade física regular traz resultados positivo na diminuição da morbidade e eventualmente da mortalidade da população em geral e particularmente entre os idosos. Os estudos enfatizam a importância da atividade física regular para que se tenha uma boa qualidade de vida relacionada à saúde.
Deste modo, entende que com a prática de atividade física regular engloba um processo de comportamento preventivo e abranja um maior número de individuo na sociedade moderna (MOTA; RIBEIRO; CARVALHO, 2006).
Segundo estudo de Papini, et al (2010) o desenvolvimento precoce de sobrepeso/obesidade tem aumentado de forma alarmante entre crianças e adolescente em todo mundo, tornando-se, um problema de saúde publica que pode gerar impacto negativo a sociedade tanto a curto quanto em longo prazo.
Esse aumento crescente de pessoas com sobrepeso/obesidade é consequência do sedentarismo que pode ser explicada por alguns fatores como ambientais e comportamentais; entre eles a inatividade física e hábitos alimentares inadequados vêm contribuir para o acumulo de energia.
Dessa forma, entende que esses são um dos principais fatores mais relacionado com a característica do sobrepeso/obesidade. Com isso as pessoas que tem um estilo de vida menos ativo fisicamente tem facilitado um aumento do sedentarismo e de seus malefícios para a saúde nas últimas décadas.
Desta forma, parece que a saúde das pessoas, a cada dia está deteriorando. Neste contexto, vários distúrbios como ansiedade, depressão, transtornos alimentares e comportamentos compulsivos e obsessivos.
Embora o foco de atenção em relação à saúde permanece nas doenças degenerativas associadas com o sobrepeso e a obesidade, há muitas evidências para sugerir que as doenças mentais no mundo estão se tornando a “doença do século XXI”, principalmente nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Na maioria dos países um número significativo de crianças levam uma vida relativamente sedentária e raramente realizam períodos de atividade física moderada ou vigorosa durante os dias da semana, fato agravante que tem se relacionado ao comportamento da maioria dos adolescentes que passam a maior parte do tempo em frente dos aparelhos eletrônicos, trocando mensagens ou assistindo vídeos, entre outros programas, que particularmente não necessitam de gasto energético, portanto, estudos voltados, especialmente para crianças e adolescentes observa-se impacto negativo produzido por consequências de hábitos alimentares e de falta de atividade física, que aumenta a prevalência de excesso de peso na sociedade moderna.
Sabe-se, ainda que fatores comportamentais quando adquirido na infância e adolescência vem contribuir como estratégias de prevenção, controle e combate da obesidade entre a população da sociedade moderna, especialmente a infanto-juvenil (COELHO, 2012).
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