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Suplementos alimentares e atividade física

 Suplementos alimentares e atividade física


São denominados ERGOGENIC AIDS (auxiliadores de desempenho), que podem ser classificados em cinco categorias:
- Métodos mecânicos: equipamentos e roupas esportivas, etc;
- Métodos psicológicos: controle de estresse e ansiedade;  

- Métodos farmacológicos: cafeína, álcool, esteróides anabólicos androgênicos e eritropoietina;
- Métodos fisiológicos: bicarbonato de sódio, citrato de sódio e infusão de sangue;
- Métodos nutricionais: CHO, BCAAs, creatinina, carnitina, vitaminas e minerais. 

Creatina 

 A creatina é sintetizada no fígado, pâncreas e rins. Precursores: glicina, arginina e metionina. É um importante fator no processo de contração muscular. Como visto anteriormente, uma das vias principais de fornecimento de energia é o sistema ATP-CP. 

Nesse sistema, a disponibilidade de fosfocreatina (creatina fosforilada) é um fator limitante para o desempenho muscular durante exercícios de alta intensidade e curta duração, uma vez que a depleção de creatina resulta na inabilidade de se ressintetizar ATP nas quantidades necessárias. 

 Acredita-se que os efeitos ergogênicos provocados pela suplementação de creatina ou com formulações que a contenham sejam atribuídos ao aumento do conteúdo total da creatina muscular, acelerando a ressíntese de CP no intervalo dos exercícios.


BCAAs (aminoácidos de cadeia ramifica) 

 Os BCAAs são primariamente metabolizados nos tecidos periféricos, em especial as células musculares.

Existem dois tipos de fadiga, a periférica (muscular) e a central (SNC). Os BCAAs tem sido utilizados no controle da fadiga central durante exercícios prolongados. A fadiga central é causada pela passagem do AA triptofano (10% do conteúdo sérico, pois está na forma livre) pela barreira hematoencefálica e produção de serotonina. O controle do triptofano é dado pela competição com AA neutros (BCAAs, por exemplo). 

 Durante a atividade física prolongada, os BCAAs teriam seu conteúdo diminuído, favorecendo o influxo de triptofano para o cérebro e consequente instalação do quadro de fadiga. Além disso, sugere-se que a suplementação com BCAAs promoveria oxidação destes pelo músculo ao invés do consumo de glicogênio muscular. Além de promover anabolismo de forma indireta, estimulando a liberação do GH, insulina e testosterona.


Carnitina A carnitina é um composto sintetizado a partir da lisina e da metionina. Além disso, ascorbato, niacina, B6 e ferro reduzido são necessários para síntese adequada, que oorre no fígado e no rim. OBJETIVO → Diminuição da massa gorda (oxidação dos PUFAs na mitocôndria); diminuição da fadiga e estimulação da conservação do glicogênio muscular. Na imagem abaixo, está representada o papel da carnitina na oxidação de lipídeos de cadeia longa.


Tem sido observado que a ingestão de L-carnitina (forma ativa) não aumenta a utilização de substrato, o limiar anaeróbico e a capacidade aeróbica.


Glutamina e AA isolados 

 A maior produção de glutamina está relacionada com fatores fisiológicos (exercício) e estressores (cirurgias, traumas, queimaduras). Nesse caso, sua demanda está aumentada. A glutamina parece auxiliar no crescimento muscular e minimizar a imunossupressão induzida pelo exercício. A glutamina exerce papel estimulador sobre a síntese protéica, por meio do aumento do volume celular e pressão osmótica. Pode estimular a síntese de glicogênio muscular, aumentado a disponibilidade de energia para os processos metabólicos. Apresenta ainda papel modular na secreção de hormônios, como GH, prolactina e hormônio adrenocorticotrópico.

A suplementação oral de glutamina parece ser ineficaz, dado o consumo dos enterócitos. Acredita-se que a alternativa seja a suplementação na forma de dipeptídeos. Outros aminoácidos: arginina e ornitina → estimuladores de secreção endógena de GH.


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