CONDICIONAMENTO AEROBIO E PREPARAÇÃO PARA CORRIDAS DE RUA
Historicamente, a origem da corrida é localizada na pré-história, quando os homens precisavam se movimentar rapidamente para caçar ou fugir de seus predadores.
A mais famosa das corridas teria sido aquela que deu origem à prova que se conhece hoje como Maratona; originária do ano de 490 a.C., quando um homem, com a incumbência de levar a Atenas, na Grécia antiga, a notícia de que os gregos haviam vencido os persas na batalha de Maratona, sendo que, para tanto, ele teria corrido 35 quilômetros para dar a notícia ao imperador, o que teria ocasionado sua morte, logo após o mesmo ter cumprido sua tarefa (MOLLER, 2008). Uma lenda ou uma história verdadeira?
Apesar de não se pode responder a esta questionamento com total fidedignidade, fato é que esta história (ou estória) foi o grande evento que impulsionou a entrada da prova de maratona, logo na primeira edição dos Jogos Olímpicos modernos em 1896, realizada em Atenas, Grécia. Mais recentemente, existem dados históricos que revelam que as provas de corridas de rua, tal como elas são na atualidade, surgiram na Inglaterra, no século XVIII, onde se tornaram bastante popular, e, posteriormente a modalidade expandiu-se para o resto da Europa e Estados Unidos.
No final do século XIX, as corridas de rua ganharam impulso após o grande sucesso da primeira Maratona Olímpica, supracitada, popularizando-se, particularmente, nos Estados Unidos, sendo que, posteriormente, por volta de 1970 surgiu o método conhecido como "jogging boom", baseado na teoria do médico norte-americano Kenneth Cooper, que difundiu seu famoso "Teste de Cooper", e que a partir de então, a prática da modalidade cresceu de maneira exponencial nas sociedades (MOLLER, 2008). Paralelamente, ainda na década de 70, surgiram provas onde era permitida a participação de populares (não atletas profissionais) junto às provas oficiais e aos corredores de elite, o que impulsionou, ainda mais, o crescimento e a difusão da modalidade.
Atualmente, o critério da Federação Internacional das Associações de Atletismo (IAAF) define as corridas de rua, como disputadas em circuitos (ruas, avenidas, estradas) com distâncias oficiais variando de 5 Km a 100 Km (MOLLER, 2008).
Portanto, fruto do que fora supracitado, é fato que “correr está na moda”, e, para se atender a essa recente e lucrativa demanda, academias de ginástica e assessorias esportivas investem, maciçamente, na preparação e no acompanhamento de clientes, cada vez mais exigentes, que participam de competições profissionais, o que resultou em um tipo de “novo atleta”, denominado de “corredor recreativo”, em face do perfil não relacionar-se diretamente com o profissionalismo dos corredores de elite.
Cita-se a recente propagação da montagem de tendas com áreas Vips durante as provas, com direito a segurança e uma infraestrutura profissional que dispõem de serviços variados, como assessoria, massagens, alimentação, hidratação, aquecimento, alongamentos, a orientação à distância (internet), entre outros “mimos” oferecidos aos seus clientes.
Serviços estes que tem tornado conta, cada vez mais, do mercado de academias e de assessoria de corridas, sem contar com os maciços investimentos da indústria esportiva na confecção de calçados, suplementos alimentares e roupas apropriadas a esta prática de exercícios físicos. Neste sentindo, o presente texto intenciona discutir e analisar 16 (dezesseis) métodos de treinamento, específicos, para o desenvolvimento das capacidades físicas e das habilidades específicas, envolvidas nas diferentes modalidades de corridas de rua.
REFERENCIAS
KUNZ, E. et al. Didática da Educação Física 1. 3a ed. Ijuí: Unijuí, 2003.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
MOLLER, R. A história do esporte e das atividades físicas. São Paulo: IBRASA, 2008.
OLIVEIRA, J. E. C. Manual acadêmico para o ensino dos fundamentos básicos do
basquetebol. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 18, n. 184, set.
2013. http://www.efdeportes.com/efd184/fundamentos-basicos-do-basquetebol.htm
XAVIER, T. P. Métodos de Ensino em Educação Física. São Paulo: Manole, 1986.
MANIDI, M. J.; MICHEL, J. P. Atividade para adultos com mais de 55 anos.São Paulo:
[s.n.], 2001.MAZO, G. Z.; LOPES, M. A.;
BENEDETTI, T. B. Atividade física e o idoso.Porto Alegre: Sulina, 2001.McARDLE, W.
D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercícioenergia, nutrição e desempenho.
4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2003.
MONTEIRO, A. G. et al. Efeitos do andamento musical sobre a freqüênciacardíaca
em praticantes de ginástica aeróbica com diferentes níveis de aptidão
cardiorrespiratória. Revista Brasileira atividade Física &Saúde,v. 4, n. 2, p.30-38,
1999.
MOREIRA,S.B. Equacionando o treinamento a matemática das provas longas. Rio de
Janeiro: Shape, 1996.
NADAI, A. et al. Efeito do tipo de treinamento físico (aeróbio e misto) sobre
acomposição corporal, glicemia e colesterol mia de mulheres em menopausa com ou
sem terapia de reposição hormonal.Revista Brasileira atividade Física& Saúde, v. 7,
n. 3, p. 13-22, 2002.
MÜLLER, H.; RITZDORF, W. Guia IAAF do ensino de atletismo: corre! salta lança! –
sistema de formação e certificação de treinadores. Mônaco: IAAF,2002.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia e exercício: teoria e aplicação ao
condicionamento e ao desempenho.3. ed. São Paulo: Manole,2000.
ROBERGS, S.; ROBERT, A. Princípios fundamentais de fisiologia do exercíciopara
aptidão, desempenho e saúde.São Paulo: Phort, 2002.SILVA, F. M. Treinamento
desportivo aplicações e implicações.
João Pessoa:Ed. da UFPB, 2002.TUBINO, M. J. G.; REIS, C. M. Metodologia científica
do treinamentodesportivo. São Paulo: Lisa, 1979.
WEINECK, J. Treinamento ideal. 9. ed. São Paulo: Manole,1999.
WILMORE, J. H.; COSTILL, D. L. Fisiologia do esporte e do exercício. 2. ed.São Paulo:
Bela Vista, 2001.
Nenhum comentário:
Postar um comentário