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História da musculação

 


HISTÓRIA DA MUSCULAÇÃO

Embora a musculação seja praticada há bastante tempo, somente recentemente é que ela vem sendo praticada e desenvolvida com maior cientificidade. A história da musculação é muito antiga, apesar de ser um termo relativamente novo. Existem relatos históricos que datam mais de mil anos a.C. e afirmam a prática de exercícios resistidos. 

Foram encontradas, em escavações, pedras com entalhes para as mãos permitindo aos historiadores intuir que pessoas utilizavam o treinamento com pesos. Temos esculturas datadas de 400 anos antes de Cristo que relatam formas harmoniosas de mulheres, mostrando preocupação estética na época. Relatos de jogos de arremessos de pedras datam de 1896 a.C. Paredes de capelas funerárias do Egito relatam a 4.500 anos atrás homens levantando pesos na forma de exercícios. 

A musculação não tem uma origem certa, mas estes relatos nos prova que desde os tempos mais antigos ela já era praticada pelos povos, cada qual com seus motivos. É impossível estabelecer exatamente quando, pela primeira vez, o homem aderiu ao levantamento de peso como competição ou simplesmente para o exercício. Os homens pré-históricos devem ter participado de competições entre si para saber quem levantava a pedra mais pesada. (LEIGHTON, 1986, p 02). Segundo Leighton (1986), a mitologia grega relata que houve um homem chamado Milo, que vivia em Crotona, que queria se tomar o homem mais forte de toda a Grécia, e  para tal fato ele realizava seus treinamentos carregando um bezerro nas costas. 

À medida que o bezerro ia crescendo, Milo ia ficando mais forte, a ponto do bezerro virar um touro e Milo carrega-lo nos ombros. Diversas são as histórias que podemos contar sobre verdadeiros "homens músculos", como a do alemão nascido em 1867, Eugene Sandow, que foi um dos fundadores do primeiro campeonato de levantamento de pesos e musculação, datado de 1901 na Inglaterra. Ele é considerado o pai da musculação. Ou a história do canadense Louis Cyr, que fez um levantamento de 1963 quilos e foi considerado, na década de 20, o homem mais forte que já existiu. Durante muito tempo homens como esses foram os responsáveis pela mentalidade que acompanhou a musculação até pouco tempo atrás, de que todos aqueles que se dedicavam ao levantamento eram grandes e lentos. (LEIGHTON,1986). Foi assim que começaram a surgir os relatos mais recentes de treinamentos com exercícios resistidos. 

Em uma exibição de Eugene Sandow, um homem chamado Alan Calver, achou que muitos homens gostariam de desenvolver um físico semelhante ao de Eugene, para isso ele criou a Companhia Milo Barbell em 1902 e vendeu barras com peso ajustáveis e programas de exercícios pelo correio. Naquela época, não era muito fácil de se ajustar os pesos e muitos equipamentos não passavam de cilindros ocos com uma rosca para colocar ou retirar o chumbo. Cal ver também se introduziu na literatura sobre o assunto e publicou seu primeiro livro, The Trnth About Weight Lifting, em 1911. (LEIGHTON,1986). A musculação também teve uma certa popularidade durante o período da segunda guerra mundial, e serviu para os soldados manterem o tônus muscular, fazerem o condicionamento fisico e programas de reabilitação das forças armadas. 

O período póssegunda guerra também marcou história na musculação, pois surgiu um novo equipamento de levantamento de pesos e muitas revistas sobre o assunto, como a Muscle Builder. Nesse período, muitas novas academias surgiram nas principais cidades dos Estados Unidos, academias especializadas, com aparelhos luxuosos e salas limpas, que desde então eram ausentes nas salas de musculação antes da Segunda Guerra. Uma curiosidade é que essas academias não possuíam professores ou pessoas especializadas, mas eram sim operadas por pessoas cujo treinamento especial era demonstrado pelos resultados obtidos com o próprio corpo. (LEIGHTON, 1986). 

Leighton (1986) afirma que a musculação não cresceu dentro da profissão de Educação Física ou programas escolares e, no fim dos anos 30 e início dos 40, poucas universidades incluíam o programa de treinamento com pesos em seus programas curriculares. Entretanto, a partir da Segunda Guerra Mundial esta atividade começou a ser mais aceita e valorizada, também devido ao crescimento das grandes marcas de aparelhos.


REFERÊNCIAS 

FLECK S.; KRAMER, W.J. Fundamentos do treinamento de Força Muscular. 2 ed. 

Porto Alegre : Artmed, 1999.

FLECK, S.; SIMÃO, R. Força: princípios metodológicos para o treinamento. Rio de 

Janeiro: Phorte, 2008.

HERNANDES JÚNIOR, Benito Daniel Olmos. Musculação: montagem da academia, 

gerenciamento de pessoal e prescrição de treinamento. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2000. 

133 p.

BOMPA, Tudor O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4. ed. Rio de 

Janeiro: Phorte, 2002. 423 p.

KRAEMER, W.J.; HÄKKINEN, K. Treinamento de força para o esporte. Porto Alegre: 

Artmed, 2004 

NOVAES, J.S; VIANNA, J.M. Personal Training & condicionamento físico em 

academia. 2ed. Rio de Janeiro: Shape. 2003.

UCHIDA, M.C. Manual de musculação: uma abordagem teórico-prática ao 

treinamento de força. Rio de Janeiro: Phorte. 2003.

WEINECK, J.. Anatomia aplicada ao esporte. 3. ed. São Paulo: Manole, 1990

Raynner

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