A inovação, por sua vez, significa a solução de um problema tecnológico sendo utilizada pela primeira vez, compreendendo a introdução de um novo produto ou processo no mercado, em escala comercial, tendo, em geral, positivas repercussões socioeconômicas.
O Manual Oslo, da OECD (1997), tratando do assunto, no nível das empresas, considera que as inovações tecnológicas de produtos e de processos (TPP) compreendem a implementação de produtos e processos, tecnologicamente novos, assim como melhorias tecnológicas importantes em produtos e processos existentes.
O nível mínimo considerado para empresas corresponde a um produto ou processo “novo para a firma”, não tendo que ser “novo para o mundo”. No começo do século XX, Edison e outros inventores-empresários como Werner Siemens, Alexander Graham Belle George Westinghouse criaram grandes indústrias inovadoras que “oligopolizaram” o novo setor produtor de equipamentos de transmissão, aplicação e geração de energia.
A modernização da eletricidade permitiu o desenvolvimento de máquinas maiores e mais eficazes e de sistemas interligados de produção como as linhas de montagem. Segundo Longo (2007), foi nesse ambiente concorrencial do início do século XX, quando pequenos fabricantes se iniciavam na concorrência com grandes empresas monopolistas, que viveu o economista Joseph Alois Schumpeter. Suas observações sobre a realidade econômica da época o levaram a publicar, em 1912, a Teoria do Desenvolvimento Econômico, na qual ele ressaltava, de forma explícita, a importância central da inovação na competição entre firmas, na evolução das estruturas industriais e no próprio desenvolvimento econômico.
Schumpeter (1982) atribuía às firmas o papel central de propulsoras do processo de inovação, devido à possibilidade de obtenção de lucros extraordinários advindos da introdução de novas tecnologias no mercado, fossem elas novos produtos ou processos, novas formas de organização empresarial, a abertura de novos mercados ou até mesmo a utilização de novas fontes de matérias-primas.
Este mesmo autor distinguia claramente os processos de invenção, inovação e difusão. Para ele, invenção estava ligada à geração de novas ideias, ao progresso do conhecimento científico propriamente dito e sua aplicação na geração de novos equipamentos ou artefatos ou mesmo processos novos, mas sempre em fase pré-comercial. Inovação referia-se à inserção comercial de uma invenção na esfera técnico-econômica. Para isso, seria necessário um agente com uma expectativa de retorno econômico: o empresário inovador.
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